Criador do Porta dos Fundos critica boicote após vídeo polêmico: “não abro mão da democracia” 3p3l6p

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2016 12h57
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<p>No vídeo Divulgação Porta dos Fundos sofre boicote após ironizar a Polícia Federal

No último sábado (2) o canal Porta dos Fundos, um dos mais queridos entre o público do YouTube, postou um vídeo fazendo uma sátira sobre a atuação da Polícia Federal no caso Lava Jato e, assim como as discussões políticas Brasil afora, acabou dividido as opiniões na internet.

A esquete “Delação”, vivida por Fábio Porchat e Gregorio Duvivier em cena, já é a segunda mais assistida das produções feitas por eles, com 4 milhões de os. Mas o problema é que, além do alto número de “dislikes”, cerca 462 mil cliques, desde a divulgação o canal ou a sofrer boicote por usuários que consideraram uma defesa ao governo do PT.

Entre os diversos comentários negativos, alguns são: “meus heróis morreram de overdose de mortadela”, “puxa saco de corrupto”, “cada dia que se a essa esquerda me dá mais repulsa”, “quanto vocês receberam para fazer isso daí?”, “comprados por lei rouanet”, “vendidos”, “nenhuma surpresa”, “já foi a época em que vocês eram engraçados, hoje são apenas ridículos” e “lamentável”.

Em seu perfil do Facebook, Antonio Tabet, um dos criadores desabafou sobre a polêmica. “Lamento tudo neste episódio. Absolutamente tudo. Contudo, não abro mão da democracia e da liberdade. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclusive daqueles que discordo e principalmente nos locais aonde trabalho. Cada um de nós no ‘Porta’ tem uma posição política e cabe ao outro respeitá-la sem prejuízo da amizade que nos uniu. Isso é civilidade. E nós, como grupo, refletimos essa pluralidade no nosso trabalho quando existe mais de um lado da moeda, o que é saudável num país onde política é futebol, futebol é religião e religião é política”.

Em outra parte da mensagem, Tablet ressalta sua posição contra o governo e critica os comentários ofensivos: “Esse revanchismo bobo só fomenta o ódio. Incentivar a censura ou a intolerância nada mais é que um recibo de que você pode ser tão fascista quanto os fascistas que critica. Enfim, era isso que queria mostrar: meu apreço pela liberdade, pela democracia, pelo trabalho, pela justiça, pelo amor e pelo humor”.

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