Morando há 14 anos em Nova York, Ingrid disse que essa foi a primeira vez que lidou com uma situação do gênero. “Nunca conversei com alguém que simplesmente assumisse, por eu ser uma mulher preta, que eu estaria limpando, ou verbalizasse isso. Nada contra as pessoas que limpam, de jeito nenhum, minha mãe foi empregada doméstica, mas não achei que ninguém iniciasse uma conversa desta forma”, comentou. “Olha como o racismo estrutural e a base da pirâmide é louca. Louca não, é tudo estruturado para que as pessoas pretas não tenham oportunidade de crescer ou quando elas crescem não são vistas dessa forma.” Ingrid lamentou o ocorrido e pediu mais consciência. “Pessoas brancas, estudem, se eduquem, parem de falar essas merdas, a gente está cansado de ouvir essas merdas. E isso é para vocês verem que mesmo chegando no patamar que eu cheguei hoje em dia, trabalhando com o que eu trabalho, tudo o que eu represento, por eu ser uma mulher preta, ele me associou [a uma faxineira], não me associou como a presidente do Brasil, ou a diretora de uma grande empresa, uma CEO ou até mesmo uma bailarina clássica, ele ficou surpreso”, enfatizou. A gente pode ser o que a gente quiser”, concluiu. 

 

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