Agência de segurança aérea da UE recomenda avaliação psicológica de pilotos 455h6z

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 09h44
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Bruxelas, 17 jul (EFE).- A Agência Europeia de Segurança Aérea (Aesa) recomendou nesta sexta-feira às companhias aéreas que, antes de contratar um piloto, realizem uma avaliação psicológica neles, e que na cabine dos aviões sempre estejam duas pessoas, segundo o relatório elaborado após o acidente aéreo da Germanwings em março ado.

“Deveria haver duas pessoas de forma permanente na cabine dos pilotos”, diz o relatório da Comissão Europeia encomendado pela Aesa, e que também assinala que “os pilotos deveriam ser objeto de uma avaliação psicológica antes de serem contratados por uma companhia aérea”.

Sobre a presença de duas pessoas na cabine, o documento assinala que “os benefícios da decisão poderiam ser avaliados depois de um ano. Os operadores deveriam introduzir as medidas suplementares adequadas, incluindo a preparação da tripulação, para assegurar que se diminua qualquer risco associado”.

Também recomendam às companhias aéreas realizar “programas de luta contra as drogas e o álcool, e realizar controles aleatórios”, além de acompanhar “programas estritos de controle dos examinadores médicos neste âmbito”, incluindo seus conhecimentos.

Em nível nacional, se recomenda às autoridades “reforçar os aspectos psicológicos e de comunicação sobre o treinamento e prática desses examinadores médicos”, assim como a criação de associações que reúnam esse tipo de profissionais.

Segundo o relatório, “os analistas reconheceram que o abuso de drogas e álcool é uma das desordens que potencialmente afetam a saúde mental dos pilotos, e para os quais já há disponíveis testes de detecção”.

A Aesa também recomenda a criação de uma base de dados de referência com dados médicos relacionados com o setor e a colocação em prática por parte das companhias aéreas de sistemas de apoio aos pilotos.

“A Comissão Europeia examinará estas recomendações e depois se pronunciará sobre as medidas a tomar”, assinala o documento, que aponta que essas recomendações “são destinadas principalmente a melhorar o controle dos membros das tripulações”.

“A segurança dos europeus é o centro da política de transportes da Comissão Europeia, por isso que este relatório constitui uma contribuição-chave na matéria”, assinalou a delegada de Polícia europeia de Transportes, Violeta Bulc.

“Afirmou que se ficar comprovado que é preciso melhorar as regras europeias em matéria de segurança ou sua colocação em prática para prevenir outros acidentes ou incidentes, tomaremos todas as medidas necessárias em nível da União Europeia”.

O diretor-geral da Aesa, Patrick Ky, assinalou que na elaboração do relatório intervieram especialistas em navegação e em medicina, e que é o “resultado de uma análise profunda, com recomendações práticas para que uma tragédia assim não volte a acontecer nunca mais”.

“A Aesa está disposta a tomar as medidas necessárias, aplicando as lições extraídas deste fato”, acrescentou Ky.

Segundo o resultado da investigação, os especialistas consideraram que “um controle médico mais profundo dos membros da tripulação poderia ser uma grande contribuição para a segurança aérea”.

Os especialistas explicam no documento que sua avaliação foi feita sobretudo em exames médicos e psicológicos de pilotos, incluindo testes de detecção sobre o consumo de álcool e drogas que já são utilizados na atualidade.

Além disso, destacaram a necessidade de se “reforçar o âmbito de controle dos examinadores médicos do setor aéreo”.

Participaram da elaboração do documento 14 representantes de companhias aéreas, assim como representantes de associações de tripulantes de cabine, assessores médicos e autoridades, além de especialistas. EFE

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