O Brasil é um país conectado? Especialistas respondem e dados revelam cenário 4c5a2x
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Avanço da tecnologia, lançamentos e banda larga apontam crescimento constante

Dentro de definições amplas, o Brasil pode ser considerado um país conectado, pois todos os 5.500 municípios estão conectados em uma rede de telecomunicações integrada. Entretanto, em um país com nossas dimensões e diversidade social latente, precisamos considerar o conceito de conectividade significativa, segundo Hermano do Amaral Pinto Junior, Group Director Informa Markets e Diretor Geral do Futurecom, a maior feira de tecnologia da América Latina.
“A conectividade inclui questões relacionadas à qualidade do o, à disponibilidade de dispositivos para uso e as habilidades digitais da população. Sob esta ótica, ainda temos um grande desafio para levar conectividade a todos os domicílios, escolas e empresas do país, o que nos impõe metas relevantes de inclusão digital nacional, mesmo possuindo a terceira maior rede de banda larga fixa do mundo, estando apenas atrás da China e dos Estados Unidos”.
Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em setembro de 2024 foram reportados 50,839 milhões de os de s da banda larga no país, representando uma adição de 2,2 milhões de novos contratos ao longo do ano ado. Já na divisão entre grandes e pequenas prestadoras, o segundo grupo responde por 28,1 milhões de os, ou 55% do mercado brasileiro.
Por sua vez, os grandes grupos têm 45% ou 22,7 milhões de os. “Outro fator preponderante neste crescimento é a utilização de fibra óptica para fornecer a banda larga, pois, de acordo com dados oficiais, as conexões com fibra óptica chegaram a 41,3 milhões em outubro, o que representa uma alta de 4,5% em relação a setembro (39,5 milhões). Fora esse estudo de banda larga, os os móveis fecharam 2023 com de 256,2 milhões de usuários”, enfatiza Jayro Navarro Junior, engenheiro e consultor empresarial que atua há 34 anos no setor das Telecomunicações.
Ainda, de acordo com o especialista, a universalização dos serviços de Telecomunicações, a implantação do 5G e de novas operadoras que adquiriram as licenças tornou o o a novos serviços mais íveis e trouxe um crescimento exponencial à conectividade. “Outro ponto relevante são os dispositivos IoT – Internet of things (Internet das coisas), como por exemplo as câmeras, TVs, e demais dispositivos residenciais ou industriais, que trouxeram uma demanda substancial no crescimento de necessidade de melhores serviços. Ainda, é preciso citar a facilidade de uso de novas plataformas que impulsionam a facilidade de obtenção de conexão”.
Brasileiro quer Inteligência Artificial na palma da mão 5z2267
De olho na tendência do consumidor que quer estar cada vez mais conectado, a Samsung há um ano investiu na linha de Inteligência Artificial móvel com o lançamento do Galaxy AI na proposta do Galaxy S24, que abriu caminho para que experiências poderosas estivessem literalmente ao alcance das mãos. “Desde então, com o compromisso de levar os benefícios da AI a mais pessoas, expandimos o alcance desta tecnologia para mais de 200 milhões de dispositivos em todo o mundo, introduzindo o Galaxy AI para smartphones Galaxy Z, Galaxy Tab, PCs Galaxy Book, wearables e muito mais. Como líderes em AI móvel, estamos comprometidos em colaborar com a indústria e órgão reguladores para garantir que a AI se desenvolva de maneiras que beneficiem positivamente os usuários e a sociedade”, declara Renato Citrini, Gerente Sênior de Produto de Mobile Experience da Samsung Brasil.
Em entrevista exclusiva ao portal Jovem Pan durante um evento de lançamento do novo Galaxy S25, o executivo garantiu que a marca quer alcançar o maior número de consumidores possíveis, apresentando versões com Inteligência Artificial em aparelhos com custo benefício menor. “Estamos incluindo a AI em outras linhas e hoje oferecemos opções de aparelhos que já utilizam um pouco dessa tecnologia, é claro, com as limitações de cada processador, em celulares que custam a partir de R$ 2000, por exemplo. Nossa meta é democratizar mesmo as experiências e facilitar cada vez mais o dia a dia do brasileiro em geral, tanto daquele consumidor mais tecnológico, quanto para uso do cliente menos adaptado às inovações, digamos assim”.
A marca percebeu através de pesquisas, que a barreira de utilização da AI está caindo dia após dia e isso só favorece o mercado como um todo e faz sim do país, uma nação conectada. “Nosso objetivo é levar essas experiências ainda mais longe, para mudar a maneira como as pessoas interagem com o mundo por meio da tecnologia e tornar a vida mais fácil hoje e amanhã. Com o novo lançamento, por exemplo, é possível realizar múltiplas tarefas simultaneamente, operar comandos por voz e otimizar a agenda, rotina e compromissos, traduzir chamadas simultaneamente, dentre outros recursos, ou seja, queremos um mundo conectado, inclusive o Brasil, claro”.
Mercado em crescimento e consumidor mais exigente j4g27
Às vésperas do “Mobile World Congress”, que acontece entre os dias 3 e 6 de março reúne mais de 100.000 profissionais de 140 países em Barcelona, profissionais da tecnologia se mostram ansiosos e otimistas. Aliás, o tema central do encontro traduz de forma bem adequada o momento pelo qual a indústria a: “Convergir – Conectar – Criar”. “Toda a transformação que a inteligência artificial está trazendo resulta do adensamento das demandas por conectividade significativa, impondo grandes desafios e obrigações a todos os atores do mercado para que alcancemos um modelo economicamente sustentável, energeticamente eficiente e capaz de lidar com as possibilidades evolutivas abertas pela tecnologia”, declara Hermano.
Este ano, o Futurecom completa 30 edições de vida, já que o evento teve início em 1991, quando começava o movimento de digitalização do país. “O setor de telecomunicações cresceu e evoluiu promovendo a personalização das redes e dos serviços de conectividade. Neste sentido, o Futurecom se consolidou como o maior evento de tecnologia da América Latina, reunindo mais de 30.000 pessoas e 5.000 congressistas”.
Segundo a Grand View Research, o mercado de IA deve crescer quase 30% este ano, com o uso dos assistentes virtuais e chats cada vez mais em evidência. As marcas perceberam a demanda por experiências cada vez mais imersivas e investirão em Inteligência Artificial criando estratégias que tabulem o comportamento de consumo com base em dados móveis.
“O mundo mudou e o consumidor e as empresas entenderam isso. Basta analisar o aumento da popularidade dos pagamentos digitais que cada vez mais se consolida no mercado. Além disso, a expansão do 5G, o crescimento dos eventos e o tráfego gerado com o marketing relativamente novo chamado de marketing de influência causaram uma transformação no cenário atual. Estamos vivendo a era da inovação com interatividade e acompanhar esse movimento é vital para a economia mundial, integração e evolução como um todo”, comenta Navarro.
É preciso ressaltar também que a facilidade de uso de novas plataformas impulsionou a facilidade de obtenção de conexão. Para os próximos anos, a demanda por dados vai explodir, prevê a GSMA – Associação Global de Operadoras Móveis. Conforme o relatório publicado recentemente, o consumo mensal médio de 4,7 GB por mês aumentará para 23,9 GB este ano. Este salto se dará em função do aumento do consumo de vídeo e do uso de smartphones. Novamente, o Brasil vai se destacar e aqui, teremos 175 milhões de smartphones em uso em 2025. “No final do ano ado, apenas 5% de todas as conexões realizadas na América Latina utilizavam a rede 5G. Mas o ritmo de crescimento deve acelerar e a expectativa é que, em 2030, 55% das conexões sejam por meio dessa tecnologia. O dado e a previsão são do estudo ‘A economia móvel na América Latina’, lançado pela GSMA”.
A rede 5G pura permite aos usuários maior qualidade nas imagens e rapidez ao baixar arquivos, além de melhorias nos segmentos da indústria, comércio, agricultura e área da saúde, realidade virtual e carros autônomos. Para referência da América Latina, no Brasil, o índice de utilização da rede 5G é superior ao resultado conjunto de toda a região. O país tinha 9% das conexões via 5G no final do ano ado, enquanto 83% eram pelo 4G. E as conexões 2G e 3G continuavam sendo utilizadas no país, responsáveis por 4% e 3% das conexões, respectivamente. “Agora, vai caber ao mercado trazer demanda que gere a real massificação da tecnologia até chegarmos, finalmente aos carros conectados, ou aguardar o 6G depois de 2030”, finaliza Jayro.
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