Os altos e baixos da pipoca doce de farol (ou como a vida é a busca por um floco de doce) 6j6jj

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Você começa a comer e de cara vem aquele troço terrivelmente mole, sem açúcar e sem gosto; quando está quase desistindo, vem o pedaço perfeito, crocante e açucarado, que leva seus sentidos à loucura

  • Por Bia Garbato
  • 27/10/2021 09h00
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Freepik Jovem mulher de óculos dirige carro prata na estrada, à luz do dia, e coloca a cabeça e o braço esquerdo pra fora A pipoca doce lembra muito a vida: a gente segue mastigando isopor na busca resiliente por momentos doces e prazerosos

Você está no trânsito. Digamos assim, na Bandeirantes. Você não está necessariamente com fome, mas necessariamente ansiosa. Então, a um tiozinho segurando um cabo de vassoura cheio daquelas malditos saquinhos cor de rosa. Sim, é a pipoca doce de farol. Você nem pensa, abre o vidro e manda: ‘Quanto custa, moço">

Quando você está quase desistindo, vem a pipoca perfeita, crocante e açucarada, que leva seus sentidos à loucura e te deixa plena. Só que o bem bom dura pouco, e lá vai você recomeçar a saga, tudo de novo. Esse processo também vale para um tubinho de jujuba. Você sobrevive à de limão, à de abacaxi e à de laranja, contando os gomos até o seu grande objetivo: a de morango e a de uva. Se a gente pensar bem, a pipoca doce e a bala de goma lembram muito a vida. A gente segue mastigando isopor e balas azedas na busca resiliente por momentos doces e prazerosos. E quando eles acontecem, nos enchem de esperança e força para seguir buscando. Mesmo que tenhamos de enfrentar algumas balas Juquinha sabor maçã verde no caminho.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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