Falsos intermediários de veículos são presos em operação 412c3o
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Golpistas colocavam anúncios falsos na internet e negociavam a venda enganando as vítimas

A Polícia Civil do Estado de Goiás, com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), realizou, nesta quinta-feira (25), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada no “Golpe do Falso Intermediário”, uma forma de estelionato que tem lesado vítimas em todo o país. A ação, que também contou com a atuação das polícias civis de Mato Grosso e de São Paulo, cumpriu 78 mandados de busca e apreensão e 77 mandados de prisão. Além disso, 1.776 contas bancárias foram bloqueadas, totalizando R$ 663 mil. Durante a operação, batizada de Broker Phantom, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, dinheiro, aparelhos celulares, documentos e outros itens que auxiliarão na continuidade das investigações.
“O golpe do falso intermediário é um crime complexo que exige um trabalho de inteligência para ser desvendado de maneira uniforme. Os criminosos exploram a confiança das vítimas. Esta operação é um o fundamental para combatê-los e proteger a população de prejuízos financeiros significativos. Continuaremos trabalhando para apoiar as polícias civis a identificar e prender todos os envolvidos nesse tipo de fraude”, afirma o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do MJSP, Rodney Silva.
A investigação identificou uma organização criminosa interestadual especializada em enganar pessoas por meio de plataformas de comércio eletrônico. O modus operandi da organização envolve a criação de perfis falsos utilizando nomes e fotos de produtos recorrentes para enganar as vítimas. Eles utilizam cadastros de terceiros e números de telefone com códigos de área diferentes de sua real localização, informando dados falsos para as vítimas para justificar a não apresentação pessoal dos bens.
O objetivo principal do golpe é clonar anúncios legítimos, geralmente de veículos seminovos anunciados, criando novos anúncios com preços atrativos abaixo do mercado. Membros da organização se am por um intermediário confiável, com o objetivo de induzir a vítima a realizar transferências de dinheiro para contas bancárias controladas pelos criminosos, sob a alegação de que é um adiantamento, sinal ou pagamento final da transação. O prejuízo patrimonial total estimado das vítimas atinge valores significativos, com um total estimado de R$ 1,8 milhão relacionado a 144 anúncios publicados, por meio de 43 contas falsas em plataforma de e-commerce.
“A investigação demonstrou a existência de uma organização criminosa com atuação interestadual, especializada em estelionato através de ‘engenharia social’ em plataformas de vendas online e lavagem de dinheiro. Foram identificados os núcleos principais (um responsável pela ‘engenharia social’ e liderança, e outro financeiro e operacional) e o complexo modus operandi utilizado. A análise financeira revelou a vasta rede de contas bancárias empregadas e a movimentação ilícita de expressivos valores. As evidências coletadas corroboram os fortes indícios da prática criminosa reiterada cometida pelo grupo”, declarou Thiago César de Oliveira Silva, Delegado de Polícia Civil de Goiás. O nome da operação Broker Phantom faz alusão aos termos do inglês “Broker” (intermediário) e “Phantom” (fantasma). No contexto dessa operação, faz referência aos criminosos que atuam como falsos intermediários nas vendas online.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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