Japão tem menos de 700 mil nascimentos em 2024 5g238
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Com 41 mil nascimentos a menos que no ano anterior, potência asiática vê a natalidade atingir novo recorde de baixa em meio à crise demográfica

O Japão enfrenta uma crise demográfica sem precedentes, conforme revelam os dados divulgados pelo governo. Em 2024, o país registrou o menor número de nascimentos de sua história, com apenas 686 mil bebês nascendo, uma queda de 41 mil em relação ao ano anterior. Este é um marco preocupante, pois pela primeira vez desde o início dos registros em 1889, o número de nascimentos ficou abaixo de 700 mil. Com uma população de aproximadamente 123 milhões de habitantes, o Japão é a segunda nação mais envelhecida do mundo, ficando atrás apenas de Mônaco, de acordo com o Banco Mundial. A taxa de fertilidade também atingiu um nível historicamente baixo, com 1,15 filho por mulher em 2024.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, expressou sua preocupação com o que descreveu como uma “emergência silenciosa”. O país enfrenta uma crescente escassez de mão de obra devido ao envelhecimento populacional e à baixa taxa de natalidade. Em 2024, o Japão registrou 1,6 milhão de mortes, um aumento de quase 2% em relação ao ano anterior. A política rígida contra a imigração agrava ainda mais a situação, pois não há trabalhadores suficientes para substituir os que se aposentam, impactando negativamente a economia e a sustentabilidade da previdência social.
Para enfrentar essa crise demográfica, o governo japonês está implementando uma série de medidas destinadas a incentivar o aumento da natalidade. Entre as ações propostas estão a adoção de horários de trabalho mais flexíveis, permitindo que casais em mais tempo juntos, e a consideração de incentivos financeiros para ajudar as famílias a sustentar seus filhos. A expectativa é que essas iniciativas possam reverter a tendência de queda nos nascimentos e contribuir para a estabilidade econômica do país. No entanto, a eficácia dessas medidas ainda está por ser comprovada. O custo de vida crescente continua a ser um desafio significativo para as famílias japonesas, que muitas vezes hesitam em ter mais filhos devido às pressões financeiras.
*Com informações de Fabrizio Neitzke
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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