‘No dia dos fatos, eu não estava armado’, diz Paulo Cupertino sobre morte de Rafael Miguel e dos pais dele r6l19
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Pai de Isabela Tibcherani desafiou a promotoria a apresentar filmagens que o mostrassem atirando nas vítimas; Jovem Pan teve o às gravações do julgamento

O julgamento de Paulo Cupertino, condenado a quase 100 anos de prisão, trouxe à tona novos detalhes sobre o crime que abalou o Brasil. Durante seu depoimento, Cupertino transformou a sessão em um monólogo de mais de duas horas, interrompendo advogados e promotores. Ele negou ter atirado e matado a família, afirmando que possuía porte e registro de suas armas, mas que no dia dos fatos não estava armado. Cupertino desafiou a promotoria a apresentar filmagens que o mostrassem armado ou atirando nas vítimas, alegando que um homem armado do lado de fora da casa teria sido o responsável pelos homicídios. A promotoria, no entanto, considera essa versão fantasiosa.
Isabela Tibcherani, filha de Cupertino, também prestou depoimento durante o julgamento. Ela relatou que, no dia do crime, encontrou-se com o namorado Rafael e os pais dele, Miriam e João. O grupo decidiu ir à casa de Isabela para conversar com Cupertino. Segundo Isabela, ao chegarem, Cupertino a puxou para dentro de casa, fechando a porta agressivamente e impedindo qualquer diálogo. Ela ouviu Cupertino dizer “conversar nada” antes de ouvir os disparos. Ao sair, deparou-se com os corpos de Miriam, Rafael e João Miguel, todos mortos a tiros.
Durante o julgamento, Cupertino não poupou críticas à polícia, à promotoria e até às suas próprias advogadas, sendo advertido pelo magistrado por sua conduta. Ele foi orientado a permanecer sentado e a tratar todos com urbanidade. Apesar das advertências, Cupertino continuou a falar sem parar por duas horas, afirmando que dorme tranquilamente, apesar das acusações. O ator Rafael Miguel e seus pais foram mortos com 12 tiros no total. Após o crime, Cupertino fugiu, mas foi capturado e preso pela polícia em 2022.
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