Reforma tributária deve ameaçar vale-refeição e vale-alimentação do trabalhador 3m6k1t

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Segunda fase do projeto, apresentado pelo governo, gerou mais polêmicas; retirada do benefício fiscal do Programa de Alimentação do Trabalhador é uma delas

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2021 08h52 - Atualizado em 20/07/2021 10h41
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Dan Gold/Unsplash Pratos de salada Há um consenso de que o sistema tributário brasileiro nada mais é do que um emaranhado de leis e regras que penaliza tanto empresas quanto trabalhadores

Estados estão descontentes com a segunda fase da reforma tributária apresentada pelo governo. O relator da matéria na Câmara, deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), nega que haverá aumento da carga de impostos e rebate as críticas mandando um recado aos empreendedores. “Empreendedor que vai ser beneficiado, que vai ter a redução da sua alíquota de Imposto de Renda de pessoa jurídica sendo reduzida para 2,5%: chegou a hora de você se manifestar e dizer qual o seu entendimento. Você prefere que esses R$ 97 bilhões estejam nas mãos da sua empresa, do seu negócio, dos empreendedores, produzindo, comprando mais máquina, realizando novos empreendimentos ou as mãos dos governos">

Segundo o assessor econômico da Fecomercio, Fábio Pina, se aprovado, vai impossibilitar que muitas empresas mantenham o auxílio, para garantir a alimentação de qualidade aos trabalhadores. “No fundo, você retira dinheiro da mão do trabalhador porque ele não tem a opção de não se alimentar. Vai tirar do bolso dele e as empresas não tem condições de arcar com o custo. Sem a isenção fiscal, são 22 milhões de trabalhadores que vão perder benefício.” Para muitos agentes do setor produtivo, o Brasil não pode perder a chance de ir a fundo no problema que atrapalha o desenvolvimento. Mesmo notando algumas alterações positivas na redação, o entendimento é de que ainda há muito o que fazer. A percepção é de que a reforma é crucial para o futuro do país e precisa sair do papel com urgência. Por isso, o receio de que seja fatiada. A busca agora é pro uma ampla composição que abranja todos os interesses da sociedade.

Temas controversos vão para a mesa de discussões. Nesta queda de braço, pelo menos um ponto em comum: o melhor texto levará a geração de emprego com estímulo ao empreendedorismo. Para que este cenário seja possível são necessárias mudanças. As micro e pequenas indústrias não vêem com bons olhos diversos pontos do relatório atual. A proposta de tributar o benefício concedido aos colaboradores dos vales refeição e alimentação não foi bem digerida. Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, isso somente agravaria a situação já difícil de várias empresas. “Tirar ou ter a possibilidade de ter cancelado o vale-refeição e o vale-alimentação com certeza é um aprofundamento de uma crise social sem precedentes nos últimos anos da história do nosso país.” Os ajustes vão ser debatidos nas próximas semanas. Neste retrato há um consenso de que o sistema tributário brasileiro nada mais é do que um emaranhado de leis e regras que penaliza tanto empresas quanto trabalhadores.

*Com informações do repórter Daniel Lian 

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